quinta-feira, dezembro 23

Elegia de Natal ...

A Sua chegada à Terra, precedida pelos cânticos sinfónicos dos seres angélicos e dos mensageiros da paz, criou uma psicosfera até então desconhecida, iniciando-se um período especial para a sociedade.
Espontâneo como as aragens perfumadas do amanhecer, Ele chegousuavemente e se instalou nos corações.
Nobre como uma labareda crepitante, Ele deu início ao incêndio que faria arder as construções do mal.
Gentil como o sorriso das flores, derramou claridades diamantinas, vencendo a escuridão vigente.
Bom como um favo de mel, adoçou as vidas que defrontou pelos caminhos, que passaram a cultivar a bondade e o amor em Sua memória.
Terno como a esperança, enriqueceu dealegria todos aqueles que se Lhe acercaram.
O Seu Natal é o poema de alegria que vem dos Céus na direcção da Terra atormentada, tornando-se um hino de perene beleza, que se sobrepõe à algazarra da zombaria e à balbúrdia do sofrimento...
Ninguém, que jamais se Lhe equipare, na forma como veio e na maneira como permaneceu no meio da estúrdia e perturbada multidão.
Alargou as fronteiras da vida para além da morte e fez-se ponte para vencer o aparente abismo existente, facultando a conquista da plenitude.
O Natal de Jesus é desse modo, o momento culminante dos esponsais do ser humano com a Consciência Cósmica. A partir dessa ocasião sublime, a criatura humana passou a dispor dos equipamentos e recursos específicos para a aquisição da felicidade, em qualquer situação em que se encontre.
Já não lhe devem importar em demasia as coisas, a aparência, os apetrechos que ficam ao lado da disjunção cadavérica, mas os tesouros inapreciados, que são os sentimentos edificantes, os pensamentos ditosos, as acções amorosas.
Neste Natal, canta uma elegia de amor a Jesus, celebrando-Lhe o aniversário com a tua transformação moral para melhor, mantendo a tua aliança com Ele e levando-O em forma de bondade e de misericórdia a todos aqueles que cambaleiam nas sombras da dor, da revolta e do esquecimento social... transforma a singela mangedoura em palácio sideral.

in "Atitudes Renovadas", Divaldo Franco/Joanna de Ângelis

quarta-feira, dezembro 22

aprendendo a ser sábios ...

Somos realmente livres quando descobrimos o que é essencial e o sabemos diferenciar do que não tem importância.
Muitas vezes, pelas condicionantes educacionais, culturais, etc, confundimos com facilidade vida com prazer, com poder ou com os sentidos. Na vida precisamos aprender esse equilíbrio - somos eternos aprendizes (se quisermos ser sábios) - e cada momento em nossas vidas, agradável ou de contrariedade, deve ser nosso mestre, porque nos traz ensinamento;
o longo caminho do aprendizado ensina-nos 6 grandes lições principais:
SEGURANÇA - viver no presente (não no passado nem no futuro); dá-nos confiança, prudência - paz;
podemos adoptar a postura do orfão ou a do inocente (reconhecer os nossos limites, saber que podemos cair, mas que nos levantaremos mais fortes porque a nossa é uma construção interior);
IDENTIDADE - saber quem somos realmente (não o que querem que sejamos); podemos adoptar a postura do buscador (busca incessantemente fora de si e face ao desencanto, assume-se como vítima - campo ideal para a doença); ou podemos adoptar a postura do amante (o que se entrega em tudo o que faz, a sua busca é interior, sem ressentimentos nem arrependimentos);
RESPONSABILIDADE - ser responsável pelos seus pensamentos e actos, sabendo que a cada acção corresponde uma reacção/consequência; podemos adoptar na vida a postura de guerreiros ou de benfeitores (aquele que, embora assumindo a necessidade do trabalho, abre o seu coração e dá-se);
AUTENTICIDADE - usar sempreda verdade, não como arma mas como ferramenta; podemos adoptar a postura de destruidores ou de criadores (aquele que transforma contrariedades em desafios, que sabe recriar-se a si mesmo, libertando-se das defesas e fazendo renascer a ternura, para conquistar a pureza;
PODER - sentir a força do Ser interior; podemos adoptar a postura de governantes ou de magos, sendo o mago a perfeita expressão da sabedoria da alma, que ajuda a compreender a lei do ritmo, da harmonia...
LIBERDADE - poder escolher entre ser  infeliz ou feliz ... podemos adoptar a postura do bobo ou do sábio, sendo o sábio aquele que saboreia a vida, calmo e sereno; pensa com o coração e cada momento é seu mestre - o ETERNO APRENDIZ!

quinta-feira, dezembro 2

A doença como processo curativo ...

Segundo Reckeweg, “A doença é a expressão do sistema de defesa do organismo contra as homotoxinas”. Consequentemente, a doença é útil como processo curativo, já que se trata da expressão da luta biologicamente adequada contra as toxinas e lesões que elas possam produzir.
Na fase humoral, o nosso organismo tenta eliminar as homotoxinas excretando-as através da urina, fezes, suor, mucos, etc.;  ele encarrega-se de eliminar todas as toxinas produzidas pelo próprio corpo, mas se o que ingerimos é um tóxico (alimentos em mau estado, p.ex.), então a eliminação será em forma de vómitos ou de diarreias; se o que ingressa é uma substância alérgica (polén, ácaros, …) trataremos de os eliminar através dos espirros ou muco nasal … e neste último caso, com frequência recorremos a anti-histamínicos a fim de eliminar a secreção – de facto, cessamos o muco mas não eliminámos a toxina e ela instalar-se-á em outro sítio causando posteriormente processos inflamatórios, ou pior que isso, depositando-se como formas de colesterol, cálculos renais, ou outras consoante as suas características.
Quando as fases humorais fracassam, por má utilização dos medicamentos (anti-inflamatórios, corticoides, etc), segue-se a fase celular, em que a doença se produz como consequência do dano gerado pelas homotoxinas no sistema orgânico – inicia-se a fase de impregnação  na membrana celular. O passo seguinte é a degeneração o qual acontece quando as homotoxinas penetram na célula alterando-lhe o seu código genético, terminando num processo de neoplasia.
Devemos, portanto, evitar que a fase humoral passe à fase de impregnação e consequente degeneração, porque nestas fases o organismo vê a sua capacidade de combate muito mais limitado.  Isto significa que, ao invés de tentarmos eliminar os sintomas, devemos tentar entender a sua origem e colaborar com o corpo na sua eliminação: a limpeza do sangue e dos humores é a meta principal dos métodos e procedimentos naturais de cura que pretendem alcançar  a recuperação integral. Só depois da eliminação dos resíduos tóxicos do nosso “ambiente interior” poderão entrar em actividade as forças auto-curativas, os sistemas de regulação e o controle da saúde.
Os 4 grandes sistemas de eliminação e desintoxicação que o organismo possui são: intestino, pulmões, pele e rins. As medidas que ajudam à eliminação de toxinas (jejum, sauna, purga adequada, etc), assim como terapias que usam ozono, enzimas, drenadores homeopáticos, resultam em grande ajuda para que o organismo possa concretizar o seu trabalho.

in " Los Caminos de la Salud", Dr. Jose Cidon Madrigal

O que produz em nós a intoxicação?

Quando vamos pesquisar qual a origem das toxinas em nosso organismo, a resposta é quase sempre a mesma: alimentação!
Basta analisarmos em que estado se encontra a nossa matriz extra-celular (zona que actua como conexão funcional de contacto entre as terminações das células nervosas de todo o nosso corpo – elemento de união que permite que o que acontece em qualquer parte do nosso corpo se transmita à sua totalidade… é o território onde se efectua a alimentação molecular e a desintoxicação, recebe o oxigénio e a informação do sistema nervoso), tendo consciência de que esta matriz é a função dinâmica mais importante que mantém a saúde e a homeostase do organismo.
É também importante sabermos que a via mais importante de desintoxicação da matriz extra-celular ou sistema básico se realiza através dos vasos linfáticos, em cujo interior circula a linfa, líquido nutritivo que se dirige à circulação venosa. Dentro do mesmo sistema possuímos os vasos quilíferos que se originam nas paredes intestinais, através dos quais flui o quilo ou produto final da digestão. O sistema linfático nutre-se, portanto, daquilo que ingerimos!
Se o nosso sistema está saturado por alimentos que causam alterações na flora intestinal normal, provocando fermentações, disbioses e intoxicações, a linfa que nele se origina será, certamente, de qualidade deficiente – daí a importância de iniciar qualquer tratamento por uma limpeza/drenagem a fim de limparmos o sistema básico.
A contaminação ambiental e aqui incluem-se também, telemóveis, micro-ondas, televisores, computadores, lâmpadas de néon, que ao produzirem ionização positiva no nosso entorno, geram campos electromagnéticos sobre as nossas células.
As irritações físicas são igualmente motivo importante na intoxicação da matriz, sobretudo pensamentos e emoções negativos (associadas à mágoa, à raiva, à inveja, ao orgulho).
Observamos, portanto, que o sistema básico funciona como um regulador total das reacções nervosas, hormonais, vasculares e imunológicas, ou seja, todas as alterações  que chegam à célula hão-de passar através dele.
E o que acontece nos sistemas de condução de sinais quando estão saturados? Bloqueiam!
Sabemos que a publicidade nos incita ao consumo de alimentação industrial, sobrecarregada de aditivos, adoçantes, conservantes, etc.,  as tradições culturais deixam-nos hábitos pouco recomendáveis, mas ao tomarmos consciência da importância da prevenção na conservação da nossa saúde, somos nós quem decide o que e como comer …  todos nós caímos em tentação esporadicamente, mas é o abuso que é prejudicial.

in "Los Caminos de la Salud", Dr. Jose Cidon Madrigal
Veja a seguir:  “A Doença como Processo Curativo”